quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Contextualizando...


"As reticências me disseram que poderíamos continuar... Mas aquele ponto final mudou o sentido da nossa frase. A exclamação se esforça em traduzir os gestos do coração, mas a interrogação me deixa confuso perante a razão. Aquele traço que nos separa nos impede de formarmos a palavra certa. E aquele espaço que nos afasta, talvez devesse ser ignorado e dane-se a ortografia correta. Nossos nomes combinam, nossos sobrenomes sobrepõem-se. Procuro escrever alguma coisa que substitua seu nome, descarto pronomes, e como dizia o poeta do ontem, “não encontro palavras”. Fazer poemas pra ninguém é mentira, dizer mentiras pra alguém é, talvez, poema... Por isso... Te amo? Não existem verdades ou mentiras em poemas, existem apenas poemas, assim como não existe início da noite e fim de tarde, concepções dadas por quem lê o por do sol. Queria formar uma palavra presente apenas em nossas línguas, mas tudo transformou-se em língua morta. Mas talvez você ainda abra um parêntese para mim ou não, nem ao menos uma citação... "

(Paulo Lennon...)

Sim ou Não.

O que dizer quando você não condiz?

Nesse país em crise, crimes em tudo.

Dizer que te amo pode ser idiotice.

Mas meu coração não é corrupto.

O Mundo perdeu seu espírito,

relevância do infinito reduzida à “litros”,

e para quê verdade se não há gabarito?

Corações ancoram nos mais corajosos caras,

mas as capas de revista revistam apenas o nada.

E dizem que imagens valem mais do que palavras.

Liberdade tornando-se ilusão sem você segurando minha mão

e nem só de pão vem a certeza,

mas também de alguém ao seu lado na mesa.

Amar o quê? O que dizer? Sim ou Não?

Mas o que veio primeiro, a resposta ou a questão?

Amar é medo, segredo de bar.

Não dormir cedo quando você não está.

Ciúmes sem você notar.

Chorar quando você chorar.

Preconceito não há.

Opinião de terceiros, deixa pra lá.

O que vem primeiro é amar.

(Paulo Lennon...)