quinta-feira, 10 de março de 2011

A.M.O.R.(Associação Mutualística Ordinária e Revoltante)

A capital do amor é o capital, o mar do amor é amar,
o ar do amor é árduo, o princípio do amor é o principal.
Converso com versos, flechas convexas com idéias desconexas
sem cor ou ação, é o coração cansado com sede...
...mas convexa ou não é a órbita da rede?
Gosto da lua como plano de fundo da mangueira,
mas o dia nublado deixa a noite dublada em língua estrangeira.
O amor prega peças, interpreta peças,
procura às pressas peças incompletas.
O tempo do amor deu um tempo,
procura um lugar para alugar.
A verdade do amor era mentira,
a mentira do amor é boa pra se contar.
Quem vende amor venda os olhos,
tapa os ouvidos, tapa na cara,
cala a boca, calo nas mãos,
reza sem razão...
sente rosas na escuridão...
afoga-se no raso da razão...
(Paulo Lennon...)

Amor?

"Amor que dura um segundo é amor vagabundo...
e digo como mendigo na calçada de loja
que não quero a droga dessa esmola.
Amor que dura um dia, Juliana, Amanda, Nanda, Maria...
nomes que decoramos e esquecemos um dia.
Amor que dura um minuto é amor diminuto...
sem vida, sem morte, sem sorte, sem luto.
Amor que dura uma hora, sem guerra nem paz...
tanto faz ir embora ou ficar pra trás.
Amor que dura um século é amor poético...
lado ético do utópico, lado clérigo do cético.
Amor que dura o sempre é amor conta-corrente...
juro que te amo lhe cobrando juros subsequentemente."

(Paulo Lennon...)